12 setembro 2006

Schumacher quer se aposentar

Após 15 anos de Fórmula 1, 247 GPs disputados, 90 vitórias, 68 poles, 75 melhores voltas, 1.354 pontos e sete títulos mundiais (com grandes chances de conquistar o oitavo e aumentar as marcas citadas acima), Michael Schumacher declara que vai se aposentar.

Schumacher começou na F1 no GP da Bélgica em agosto de 1991, pela extinta Jordan. Na corrida seguinte estava na também extinta Benetton. Terminou o GP da Itália de 1991 em quinto, marcando seus primeiros dois pontos na categoria, em duas corridas. Sua primeira vitória veio em 1992, no mesmo circuito em que estreou. Em 94 e 95 foi Bicampeão pela Benetton (no primeiro muito contestado por jogar o carro em cima de Damon Hill). Em 96 foi para a Ferrari, onde viria a “Era Schumacher”. De 2000 a 2004 só deu Schumacher na F1, nesta época o piloto quebrou grande parte de todos os recordes da categoria. Em 2005 teve um ano apagado como a Ferrari, mas em 2006 quebrou o recorde de poles de Ayrton Senna e ampliando para as 68 já citadas.

Ignorar marcas como estas seria um grande erro e o alemão não teria melhor momento para sair da categoria. Não pelo fato de poder ser mal quisto por alguns adversários, o contrário também, mas por ter conquistado tudo o que podia na F1 e por talvez ter poucos adversários à altura.

Mas Michael Schumacher tem hoje talvez um dos maiores adversários da carreira, o espanhol Fernando Alonso. Neste fim de temporada e de carreira, o alemão vai ter que enfrentar um piloto que está em início de ascensão e em alta na categoria. O espanhol já mostrou em pelo menos três oportunidades que pode ser superior ou chegar muito próximo ao alemão.

Em três brigas diretas o espanhol segurou Schumacher por duas vezes (San Marino 2005 e Turquia 2006) durante pelo menos 12 voltas, e os ataques do alemão, principalmente em San Marino, foram pesadíssimos, porém sem efeito nenhum. A única vez em que Schumacher se deu bem sobre o espanhol foi no GP de San Marino deste ano, quando na oportunidade o alemão segurou Alonso durante meia prova no circuito italiano.

Schumacher mostra no fim da carreira que está em plena forma física e que tem totais chances de ser campeão novamente. O alemão mostrou no último domingo que não está morto e que sua equipe está disposta a lhe dar o oitavo título. Quando alguns pensavam que a vantagem de 12 pontos de Alonso, antes do GP da Itália, era algo difícil de se bater, Schumacher além de vencer e contar com o abandono de Alonso mostrou que não é porque está perto da aposentadoria que ele não pode ser tão bom quanto Robert Kubica, por exemplo. Kubica em sua terceira corrida terminou em terceiro no GP italiano.

Mesmo o espanhol mostrando que é melhor do que Schumacher hoje, o alemão pode terminar sua carreira de modo brilhante e se tornar uma lenda do automobilismo.

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