Acordo e olho para o relógio que indica 9h30min da manhã. Percebo que meu pai está sentado ao meu lado na cadeira de rodinha. Ele vê que eu acordei e me pergunta:
- Vamos na sua tia de bicicleta?
Primeiro eu exito e penso em uma baita de uma subida que tem no meio do caminho. Logo em seguida vem outro pensamento: “Ah vai sim, vai ser bom”.
As opções são de ir de bicicleta ou não. Meu pai parece ler o meu pensamento e emenda:
- Sua mãe e sua irmã foram na feirinha com o carro, se nós formos de bicicleta vamos chegar mais rápido do que se pegarmos o ônibus!
Agora ele me pegou! Falou no ônibus. Lembrei que hoje é domingo. Domingo você fica penando no terminal, no ponto, no tubo, no que quer que seja. Ah não.
- Vamos de bicicleta!
Levanto e já me troco, pego meu boné (quase que de estimação), coloco meu tênis, vou para a cozinha esquento o leite, pego uma xícara, coloco açúcar, pego a garrafa de café, encho metade da xícara, pego um pedaço de bolo de banana que a minha mãe fez, abro o microondas, completo a xícara e vejo que esquentei demais o leite, reclamo com o meu pai sobre o leite e ele me diz:
- Pega o leite frio na geladeira.
Faço o que ele disse e vou comendo e assoprando e escutando o meu pai falando o caminho que vamos fazer.
Bolo, café com leite quente, mais bolo (que está geladinho), leite gelado, café com leite, ainda está quente, bolo, leite gelado, café com leite, já está bom, mas com mais leite do que café (não gosto quando acontece isso, parece que a mistura leite, café e açúcar fica manca, fora de balanço, fora de equilíbrio), finalizo o bolo e fecho com o leite com café.
- Vamos?
- Vamos!
Saímos de casa com um boné cada, duas garrafas de água (uma para colocar na bicicleta e a outra vai na mochila que vai nas minhas costas). Além da água, documentos e os estojos dos óculos dos dois também estão na bagagem. Pouco peso, está tranqüilo.
Descemos as escadas, pegamos as bicicletas e vamos nessa. Seguimos o caminho tranquilamente até pararmos no posto de gasolina para enchermos os pneus das bicicletas. O meu pai já tinha advertido:
- Acho que o seu está meio murcho!
Seguimos o caminho até chegarmos à subida. Tínhamos saído de casa já era passado das 10h da manhã, pelos meus cálculos deveria ser por volta de umas 10h15min ou 10h30min. O sol estava quente durante todo o percurso eu já sentia o cansaço e ficava indignado que o meu pai tem os seus 49 anos estava mais inteiro do que eu. Paramos logo no início da subida, subir em cima da bicicleta é quase um suicídio. Aproveitamos a pausa para tomar uma água. Até aí tudo bem, foi só começar a subir que o meu corpo começou a dar sinais de não iria agüentar a subida íngreme.
Meu pai subia e eu uns cinco, seis metros atrás. Olhava para o chão, para frente, para trás, para os lados e caminhando e forçando as pernas e o corpo parecia não agüentar e eu continuava e o corpo avisando e eu insistindo e o corpo também e eu parei e puxava o ar e parecia que o ar não entrava e o meu pai subindo e eu parado e eu quase caindo para trás e me apoiando na bicicleta e quase a vista escurecendo e o sol no meu coco e voltei a subir. Esta parada foi boa. Não cheguei a me recuperar por completo, mas consegui terminar a subida do morro. Olho para frente e o meu pai tomando água e só me observando.
- Me dá um gole desta água!
Tomo mais um pouco e devolvo para ele e ele volta a me entregar a garrafa e mando mais alguns goles para a garganta e novamente devolvo a garrafa. Desta vez ele coloca na bicicleta e volta a andar. Vou subir na bicicleta e quase caio. Recupero-me e vou tentando alcançar o meu pai mas as pernas não respondem como quero, agora o corpo cobra o esforço da subida forçada. Mas vou indo, meio capengando, mas vou indo. Até uma alteração de terreno que esboça uma subida me obriga a descer da bicicleta. Vou andando e vejo que o telefone do meu pai começa tocar, eu penso: “Agora é hora de me aproximar dele e dar uma descansada”.
É minha irmã ao telefone e meu pai fala que ela quer falar comigo. Atendo o telefone e repondo algumas de suas perguntas, mas o que me incomoda são minhas pernas. Desligo o telefone após ter adquirido um painel para colocar alguns lembretes, fotos e outras bobagens e seguimos viagem. Agora o terreno até a casa da minha tia é plano ou em descida. Andamos uns 500 metros e chegamos até o Tissi, um mercado. Meu pai entra e sai e é só chegar na casa da minha tia.
Reencontramos minha mãe e minha irmã e passamos o dia todo lá! Comemos um bom churrasco, rimos bastante e vimos pessoas que fazia um bom tempo que não víamos. Foi um dia prazeroso!
Você deve estar se perguntando: “E a volta?”
E a volta?
Pra descer todo santo ajuda!
- Vamos na sua tia de bicicleta?
Primeiro eu exito e penso em uma baita de uma subida que tem no meio do caminho. Logo em seguida vem outro pensamento: “Ah vai sim, vai ser bom”.
As opções são de ir de bicicleta ou não. Meu pai parece ler o meu pensamento e emenda:
- Sua mãe e sua irmã foram na feirinha com o carro, se nós formos de bicicleta vamos chegar mais rápido do que se pegarmos o ônibus!
Agora ele me pegou! Falou no ônibus. Lembrei que hoje é domingo. Domingo você fica penando no terminal, no ponto, no tubo, no que quer que seja. Ah não.
- Vamos de bicicleta!
Levanto e já me troco, pego meu boné (quase que de estimação), coloco meu tênis, vou para a cozinha esquento o leite, pego uma xícara, coloco açúcar, pego a garrafa de café, encho metade da xícara, pego um pedaço de bolo de banana que a minha mãe fez, abro o microondas, completo a xícara e vejo que esquentei demais o leite, reclamo com o meu pai sobre o leite e ele me diz:
- Pega o leite frio na geladeira.
Faço o que ele disse e vou comendo e assoprando e escutando o meu pai falando o caminho que vamos fazer.
Bolo, café com leite quente, mais bolo (que está geladinho), leite gelado, café com leite, ainda está quente, bolo, leite gelado, café com leite, já está bom, mas com mais leite do que café (não gosto quando acontece isso, parece que a mistura leite, café e açúcar fica manca, fora de balanço, fora de equilíbrio), finalizo o bolo e fecho com o leite com café.
- Vamos?
- Vamos!
Saímos de casa com um boné cada, duas garrafas de água (uma para colocar na bicicleta e a outra vai na mochila que vai nas minhas costas). Além da água, documentos e os estojos dos óculos dos dois também estão na bagagem. Pouco peso, está tranqüilo.
Descemos as escadas, pegamos as bicicletas e vamos nessa. Seguimos o caminho tranquilamente até pararmos no posto de gasolina para enchermos os pneus das bicicletas. O meu pai já tinha advertido:
- Acho que o seu está meio murcho!
Seguimos o caminho até chegarmos à subida. Tínhamos saído de casa já era passado das 10h da manhã, pelos meus cálculos deveria ser por volta de umas 10h15min ou 10h30min. O sol estava quente durante todo o percurso eu já sentia o cansaço e ficava indignado que o meu pai tem os seus 49 anos estava mais inteiro do que eu. Paramos logo no início da subida, subir em cima da bicicleta é quase um suicídio. Aproveitamos a pausa para tomar uma água. Até aí tudo bem, foi só começar a subir que o meu corpo começou a dar sinais de não iria agüentar a subida íngreme.
Meu pai subia e eu uns cinco, seis metros atrás. Olhava para o chão, para frente, para trás, para os lados e caminhando e forçando as pernas e o corpo parecia não agüentar e eu continuava e o corpo avisando e eu insistindo e o corpo também e eu parei e puxava o ar e parecia que o ar não entrava e o meu pai subindo e eu parado e eu quase caindo para trás e me apoiando na bicicleta e quase a vista escurecendo e o sol no meu coco e voltei a subir. Esta parada foi boa. Não cheguei a me recuperar por completo, mas consegui terminar a subida do morro. Olho para frente e o meu pai tomando água e só me observando.
- Me dá um gole desta água!
Tomo mais um pouco e devolvo para ele e ele volta a me entregar a garrafa e mando mais alguns goles para a garganta e novamente devolvo a garrafa. Desta vez ele coloca na bicicleta e volta a andar. Vou subir na bicicleta e quase caio. Recupero-me e vou tentando alcançar o meu pai mas as pernas não respondem como quero, agora o corpo cobra o esforço da subida forçada. Mas vou indo, meio capengando, mas vou indo. Até uma alteração de terreno que esboça uma subida me obriga a descer da bicicleta. Vou andando e vejo que o telefone do meu pai começa tocar, eu penso: “Agora é hora de me aproximar dele e dar uma descansada”.
É minha irmã ao telefone e meu pai fala que ela quer falar comigo. Atendo o telefone e repondo algumas de suas perguntas, mas o que me incomoda são minhas pernas. Desligo o telefone após ter adquirido um painel para colocar alguns lembretes, fotos e outras bobagens e seguimos viagem. Agora o terreno até a casa da minha tia é plano ou em descida. Andamos uns 500 metros e chegamos até o Tissi, um mercado. Meu pai entra e sai e é só chegar na casa da minha tia.
Reencontramos minha mãe e minha irmã e passamos o dia todo lá! Comemos um bom churrasco, rimos bastante e vimos pessoas que fazia um bom tempo que não víamos. Foi um dia prazeroso!
Você deve estar se perguntando: “E a volta?”
E a volta?
Pra descer todo santo ajuda!
Um comentário:
cara, que tempo que não ando de bicicleta.
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