20 janeiro 2009

Saldos da crise

O jornalista Flávio Gomes comentou pouco mais de dez dias atrás. O saldo da crise das hipotecas é bem negativo para o mundo do automobilismo. Mas tenho algumas dúvidas que tem se tornado certeza a cada dia que passa. Algumas da montadoras que anunciaram saída do esporte a motor, teóricamente não tem motivos para isso. O primeiro exemplo vem deste carro branco aí. A meu ver os prejuízos apresentados pela montadora não eram suficientes para deixar a Fórmula 1. E digo deixar a Fórmula 1 porque foi só aí mesmo que a montadora nipônica entregou os pontos. Na Moto GP onde também tem equipe oficial a Honda não saiu. Estranho não é mesmo. Outra coisa, a Toyota, segundo a revista Época do dia 29 de dezembro (página 33, "Prejuízo recorde" para ser mais específico) teve um prejuízo de US$ 2 bilhões. A mesma nota diz que para a GM não fechar 2008 no vermelho teria que vender 13 milhões de carros. Engraçado não é mesmo. A GM não anunciou saída de nenhuma categoria. Até o que sei corre a gigante americana corre no WTCC e na Nascar com a Chevrolet. Ah inclusive a Chevrolet mostrou um novo modelo para correr o WTCC a partir de 2009. E tem outra a GM recebeu alguns pacotes do governo dos Estados Unidos para não fechar. Se não estou enganado um dos pacotes era de US$15 bilhões e foi destinado para a própria GM, a Ford e a Chrysler.
A Ford também tem suas atividades em pista, só que no WRC e na Nascar e continua lá. Mas... do WRC vem outro exemplo. Não sei a real condição de Subaru e Suzuki, mas estas, do mesmo jeito da Honda na Fórmula 1, anunciaram a saída do Mundial de Rali.
Na Moto GP, onde ainda corre a Honda, quem disse "tchau" foi a Kawasaki. Só que ai tem outra coisa estanha. Não é que a montadora continua testando as suas motos. Interessante!
Agora exemplos que talvez sejam os mais tristes para os amantes do automobilismo vem da América do Norte. A campeã dos oito últimos campeonatos da American Le Mans Series, campeã da Le Mans Series e das últimas edições da própria 24 horas de Le Mans saiu dos campeonatos de corridas de longa duração. Vão correr apenas a tradicional prova francesa no meio do ano.
E a últimada crise é a falência da Petty Enterprises. Aqui no Brasil não muito conhecida mas de grande valor no automobilismo norte-americano. Equipe de grande tradição que ficou marcada e marcou o número 43 não suportou a crise e fechou as portas.

Acredito que tirando o último exemplo, todos os outros são meras desculpas esfarrapadas para não continuar com o que construíram ao longo dos anos. No caso de Honda e Audi ainda mais já que tem grandes histórias por onde passaram no automobilismo mundial. O que fazem é jogar a história no lixo.

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