13 outubro 2009

Franchitti campeão da Indy

O escocês voador nem precisou voar para faturar o segundo título da Fórmula Indy. Dario Franchitti usou muito bem da estratégia para chegar a vitória e conseqüentemente alcançar a taça de campeão.

A corrida começou com ele na ponta, mas a após dez voltas Scott Dixon e Ryan Briscoe mostraram que não iriam economizar nada para conquistarem a vitória da etapa de Miami. A situação do campeonato era simples: quem terminasse na frente era campeão. Com isso Briscoe e Dixon imprimiram um ritmo tão forte que obrigou Franchitti a acompanhá-los e fazer com que na metade da prova apenas os três estivessem na mesma volta, do quarto para baixo todos tinham tomado uma volta. Ritmo alucinante que obriga um maior consumo de combustível e também número maior de paradas.

Vendo este cenário um tanto quanto desconfortável se desenhando, Franchitti tirou o pé o suficiente para não tomar uma volta. Dixon e Briscoe continuaram acelerando, o que obrigou os dois a fazer um splash and go restando poucas voltas para o final. Uma parada em bandeira verde (por sinal a primeira vez que vejo uma corrida da Indy sem a presença de bandeiras amarelas) faz com que se perca uma volta em relação aos adversários.

Foi ai que o escocês usou a cabeça para vencer, coisa que só os maiores campeões são capazes de fazer. Como não acompanharia o ritmo de corrida de Dixon e Briscoe, Franchitti mudou a tática e resolveu diminuir o ritmo com o intuito de economizar combustível e evitar o splash and go no final. Está tática já tinha sido usada por Danica Patrick na etapa do Japão do ano passado e rendeu a primeira vitória a Mulher-Maravilha.

A tática funcionou e frustrou os adversários, a diferença que ele abriu com a parada para o reabastecimento de ambos foi suficiente para liderar a dez voltas finais e tomar vitória. Golpe parecido Dario Franchitti já tinha executado contra Scott Dixon em 2007. Durante meia corrida no oval de Chicago o escocês ficou colado na caixa de câmbio do neo-zelandês se aproveitando do vácuo gerado pelo carro da Ganassi. Depois aconteceu a bandeira amarela há poucas voltas do final e ninguém sabia a real situação de combustível da dupla. E a economia feita ficando no vácuo do adversário mostrou resultado e Franchitti chegava ao seu primeiro título.

Desta vez ele chegou em desvantagem na última prova da temporada e soube reverter com classe e estilo a situação desfavorável. Nem um ano correndo pela Nascar o fez perder a mão e mostrar que ainda é um dos melhores pilotos que a Fórmula Indy tem no momento.

Além do campeonato, Franchitti quebrou uma escrita que perdurava desde 2005. O vencedor da Indy 500 leva a taça no final do campeonato. Neste ano o vencedor das 500 milhas de Indianápolis foi Hélio Castroneves que mostrou uma pequena recuperação após o escândalo de sonegação fiscal, mas depois foi muito irregular durante a temporada.

Parabéns ao escocês voador que neste ano não precisou voar muito para conquistar o bicampeonato da Fórmula Indy.

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