Meus caros diria que mudei de opinião com relação aos principais eventos esportivos no Brasil. Digo que sou grande admirador do esporte e continuo levantando esta bandeira, mas quando o esporte é utilizado como fonte de desvios e outras coisas mais a história começa a mudar.
Como já disse mudei a minha opinião após conversar com meu amigo Rikardo Santana e ler um texto no blog dele com tema Rio 2016. Não que apenas isto tenha mudado a minha opinião completamente, um fato me lembrou outros que de certo modo tinham ficado esquecidos.
Apoio o esporte como fator de mudança socio-educativa. Como assim? O esporte tem que dar ao seu praticante não apenas uma mudança que traga apenas melhorias de saúde para o indivíduo, mas tem que trazer mudanças que o melhorem caráter e educação.
Projetos que tiram crianças das ruas para que elas pratiquem esportes e as afastam de algumas mazelas sociais. Em alguns projetos a única refeição do dia vem de um projeto onde praticam esportes.
Me lembrei também da primeira medalha de ouro do Brasil no Pan 2007, no mesmo Rio de Janeiro. Se não estou enganado veio do Taekwondo, com Diogo Silva. Me lembro que ele recebia um salário mínimo a cada três meses por praticar o esporte no qual ele trouxe o primeiro ouro das 56 que viriam durante a competição.
E o problema é que este não é apenas um caso isolado. Boa parte dos participantes sofre com este tipo de problema financeiro. Apenas os esportes mais tradicionais como Atletismo, Futebol, Vôlei, Basquete e assim vai, recebem ou tem patrocínios próprios. Fica complicado para se desenvolver esportivamente sem incentivo.
Puxando a sardinha para o lado do automobilismo, e saindo dos esportes olímpicos, hoje o brasileiro tem uma falsa imagem de que o esporte está bem desenvolvido e recebe grandes incentivos no país. Com exceção do estado de Santa Catarina que desde o ano passado está construindo um autódromo, o esporte a motor não vê melhorias em seus autódromos e programas de pilotos para categorias fora do país. Os últimos aptos a pilotos monopostos já estão há algum tempo na Europa e dependendo do famoso "paitrocício". Apenas no ano que vem existe um planejamento de uma categoria que possibilite ser porta para categorias européias. E ainda vem do brasileiro Felipe Massa, a Confederação apenas vai homologar.
Os autódromos, em sua grande maioria, não têm manutenção. Em entrevista com o assessor de imprensa da Fórmula Truck no ano passado ele me falou que a única pista do país que não precisava de reparos um mês antes da prova era a daqui de Curitiba, que é de iniciativa particular, de resto desde lâmpadas quebradas a cortar grama nas areas de escape da pista a categoria tinha que fazer por conta. E o pior, tem categoria que passa estraga e deixa o estrago. No ano passado, se não estou enganado, um fotografo do site Grande Prêmio bateu uma foto da parte de trás do guard-rail do autódromo de Brasília. O equipamento de segurança tinha a data da inauguração, mais ou menos 30 anos atrás. No caso do Rio de Janeiro, Jacarepaguá já é da Confederação Olímpica Brasileira (COB). Já está morto o autódromo que já recebeu Fórmula 1 e Moto GP.
O que acontece com a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) acontece com a grande parte de outras Confederações esportivas no Brasil, descaso com o esporte com qual deveria promover e fazer crescer.
Para finalizar, acho que assim fica complicado ter olimpíadas no Brasil.
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