É interessante ver que em dois dias notícias diferentes retratam o cenário do automobilismo em diferentes partes do mundo. Na Europa e na Ásia planos de parcerias acontecem das formas mais variadas, enquanto isso, aqui no Brasil a situação é diferente, com categorias encerrando atividades.
Ontem o DTM, junto com a japonesa Super GT, anunciou um plano de parceria técnica para facilitar o intercâmbio de montadoras. Enquanto a categoria alemã quer a presença da Honda, Toyota e da Nissan, a categoria japonesa quer que Audi, BMW e Mercedes também estejam presentes de forma oficial em terras asiáticas. A Super GT também namora outras categorias e já negocia com a Automobile Club de l’Ouest (ACO), organizadora das 24 horas de Le Mans e uma das promotoras do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), para a inclusão/participação dos carros da categoria em um campeonato asiático de Endurance já planejado pela ACO. Restam alguns acertos técnicos para que o acordo seja firmado.
Aqui no Brasil, os ventos pararam de soprar e empurrar o barco do automobilismo nacional. No último mês eu comentei por aqui mesmo sobre a fusão da ALMS e da Grand-Am. De quebra, falei que a separação que criou o GT do Brasil e a Top Series não era uma coisa boa. Hoje veio a confirmação, com o anúncio do encerramento da Top Series, veja a nota da categoria:
“Nesta quarta-feira (17), a Auto+ Entretenimento anunciou com efeito imediato o encerramento da TOP SERIES, o Brasileiro de Endurance. A última etapa, prevista para o dia 4 de novembro, em Guaporé, está cancelada e a empresa promotora do campeonato já informou sua decisão aos dirigentes da Confederação Brasileira de Automobilismo. A medida foi tomada em função do baixo número de inscritos: o grid de largada caiu 43% desde a etapa de lançamento, chegando a apenas 13 participantes na corrida mais recente, em Londrina.”
Baixa importante do automobilismo nacional, que ao meu ver, tem influência direta da separação que aconteceu no início deste ano. Neste ano, é a segunda categoria nacional que encerra as suas atividades. Ao final do ano, a Fórmula Futuro encerra o seu último campeonato também por falta de pilotos.
Os torcedores perdem, o esporte perde e com isso todo mundo perde. Vamos esperar que daqui pra frente melhores ventos soprem nas velas do automobilismo tupiniquim.
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