2012 já estava nos seus 45 minutos do 2º tempo quando Rubens Barrichello confirmou de forma oficial que corre pela Medley Full Time na Stock Car em 2013. Quer saber exatamente o por quê? Eu explico.
20 anos fora correndo fora do Brasil e Rubens Barrichello se tornou uma referência para o automobilismo brasileiro. Não adianta o torcedor tupiniquim negar, porque é verdade, ele adora o "Rubinho".
Na última temporada eu só escutava perguntas sobre como estava a situação de Barrichello em relação a Fórmula 1, e depois da categoria máxima ser descartada, para onde ele iria, e também depois de confirmado na Indy, de como poderia se sair ou como havia sido a corrida dele. Não se perguntava como tinham corrido Tony Kanaan ou Hélio Castroneves, figurinhas carimbadas da Indy, se perguntava do "Rubinho".
Fato é que mesmo decepcionando na Indy, Barrichello veio e correu três provas no Brasil e gostou do que viu. Não só ele na verdade. Todos gostaram. Público, pilotos, organizadores, patrocinadores, televisão, enfim todos. Eu vi aqui em Curitiba e ficou muito claro vendo pela TV e outras mídias que Barrichello é mais querido pelos brasileiros do que eles queiram admitir. Só se queria saber de Rubens Barrichello. E como disse, ele gostou do que viu.
Mesmo com a previsão da Stock Car ter apenas três provas transmitidas ao vivo nesta próxima temporada, a categoria brasileira foi mais atrativa que a Indy. Quer saber por quê? Todos gostaram. O público por ter uma figura que correu por vários anos na Fórmula 1, mesmo que tenha sido várias vezes o segundo colocado, como alguns gostam de exaltar, mas vamos pensar bem: Ninguém fica 19 anos na maior categoria do automobilismo internacional por ser ruim, pelo contrário, Barrichello sempre foi referência para o circo de Bernie Ecclestone. Mesmo quando não o queriam mais, tinha gente correndo atrás dele e o público percebe isso.
Já que o público percebe isso, porque não colocar a minha marca no macacão dele? A Medley que estava de saída da Stock viu que as três corridas dele foram boas no quesito marketing, mesmo que na pista ele tenha sofrido para terminar, e resolveu ficar. Os mais pessimistas vão dizer que ele terminou duas corridas fora do Top 20 e abandonou outra, mas ele conseguiu ficar no Top 10 da classificação de uma destas três corridas. Para quem está apenas se adaptando já é muita coisa.
Na verdade, tudo isso já era previsto. Quando as opções eram poucas na época da saída da Honda da Fórmula 1, o Brasil já era uma opção e lá nos não tão distantes anos de 2008 e 2009. Era fato que em algum momento Barrichello viria para correr no Brasil. Como a Indy foi boa para ele, a Stock Car também será. E antes que eu me esqueça, Barrichello gostou desta coisa de carros fechados, tanto que vai correr nas 24 horas de Daytona junto com Tony Kanaan, Ricardo Maurício e Nonô Figueiredo pela Dener Motorsport, com um Porsche GT3.
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