16 novembro 2015

F1 2015 - GP do Brasil - Rosberg garante vice com a 5ª vitória

Imagens: Twitter / Formula 1 (@F1)
Rosberg sobrou e venceu com facilidade o GP do Brasil
Resultados da corrida (sem a desclassificação de Massa)
Mais uma vez só deu Mercedes - Que novidade! - e nem brigar Nico Rosberg e Lewis Hamilton brigaram porque o alemão só resolveu fazer alguma coisa - Olha outra novidade! - quando o campeonato já estava decidido e ele não tem muito pelo que lutar. Pole e vitória dominante de Rosberg que, de quebra, garantiu o vice-campeonato. Veja só!

A corrida foi um porre. Cochilei umas duas vezes antes da metade da corrida - depois fiquei mal acomodado no sofá para aguentar a segunda metade - e na minha opinião Rosberg nem fez muito para vencer. O alemão achou um ritmo seguro ao ponto de não errar e não desgastar os pneus e manter uma distância segura de Hamilton. Por outro lado, Hamilton em todas as quatro vezes com pneus novos resolveu pressionar Rosberg - sempre sem sucesso -, desgastar os pneus e ver o alemão abrir distância no final de cada stint. Erro grotesco de estratégia do - agora - tricampeão e que acabou com a graça da corrida. Pra completar, o enredo da corrida sem graça, Hamilton reclamou no rádio que não conseguia ultrapassar aqui em Interlagos e meio que esboçou a mesma desculpa de Ralf Schumacher em 2002 - aquela da turbulência que o carro da frente gera em Interlagos.

Ao contrário de Hamilton, Max Verstappen deu algumas pequenas alegrias. O muleque da Toro Rosso deu um verdadeiro show em uma série de ultrapassagens durante a corrida. Verstappinho terminou em 10º na pista - e ganhou uma posição pela desclassificação de Felipe Massa - e eu acho que fez bonito. O ponto alto foi a ultrapassagem sobre Sergio Pérez. O mexicano ia jogando Verstappinho pra fora, foi até o limite e o garoto deu o troco em Pérez para ganhar a posição.

Assistindo a corrida voltei a citar a frase: "A Fórmula 1 peca pelos mesmo erros". E não fui o único quando fui as redes sociais. Primeiro pelo caso do abandono de Carlos Sainz Jr. - o único da corrida. O espanhol se viu obrigado a deixar o carro parado com metade dele dentro da pista - obrigando os fiscais a pisar no asfalto pra tirar o carro - e em um ponto que se alguém exagera na zebra escapa exatamente onde estava o carro de Sainz. Era uma situação clara para a intervenção da direção de prova pelo menos com o safety-car virtual, afinal de contas, essa regra foi criada justamente para esse tipo de situação. O outro caso é diretamente ligado ao caso de Felipe Massa.

Está certo que o brasileiro não achou um acerto legal para o carro durante todo o final de semana e não fez muita coisa de importante - Coisas de corrida -, mas ainda assim ele salvou uns pontinhos com o oitavo lugar. Agora, o quê mais me incomodou foi a nova incoerência da FIA em suas punições. O brasileiro largou com uma calibragem de pneus um pouco acima do recomendado pela Pirelli e FIA decidiu desclassificar o brasileiro. Acontece que na Itália, a Mercedes fez dobradinha e seus dois carros caíram na mesma aferição de calibragem de pneus que Massa, mas diferente do brasileiro, a dupla da Mercedes estava com a pressão abaixo do recomendado. Aparentemente, depois do episódio de Monza foi estabelecido um critério para medição da pressão dos pneus e provavelmente por isso o brasileiro foi desclassificado agora. Ao meu ver, se não desclassificarão em Monza não deveriam ter desclassificado aqui em Interlagos, afinal, os critérios para uma punição não seriam os mesmos que para não punição de antes? Outro grave pecado da Fórmula 1.

Felipe Nasr mais uma vez sofreu com o carro mais que fraco - o que dizer das Manors, então? - da Sauber. O brasileiro amargou o 13º lugar - mesmo em que largou - e ainda terminou a frente de Marcus Ericsson que só fechou a prova no 16º lugar.

A Fórmula 1 encerra o calendário em Abu Dhabi entre os dias 27 e 29 de novembro.

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