Posso dizer que essa foi uma das melhores edições do Dacar que eu acompanhei. O equilíbrio em quase todas as categorias se manteve pelo menos até o fim da primeira semana e a definição aconteceu apenas nas últimas especiais.
Bom aí vai a minha visão dessa edição da maior competição off-road do mundo em cada categoria:
Quadriciclos
Marcos e Alejandro Patronelli começaram pra lá de discretos. Os irmãos argentinos só ficaram de olhos no principais adversários abandonando um de cada vez para dar o bote nos líderes a abrirem uma larga vantagem para todos os concorrentes. A briga caseira foi até o final do Dacar com Marcos superando Alejandro em pouco mais de cinco minutos no resultado final do Rali.
Menção honrosa para o brasileiro Marcelo Medeiros que disputou apenas as quatro primeiras especiais, mas sempre esteve presente no Top 10 geral. Da segunda até a quarta especial o brasileiro se manteve no Top 3 até abandonar na quinta especial por um acidente em que ele quebrou a clavícula.
Motos
Se tinha uma edição para encerrar a supremacia da KTM no Dacar, essa de longe foi uma das mais prováveis. A Honda sempre foi a maior ameaça dos austríacos com o espanhol Joan Barreda Bort e o português Paulo Gonçalves, mas os problemas mecânicos dos principais adversários da KTM abriu caminho para o australiano Tobby Price vencer o Dacar em seu segundo ano na competição.
Price consolidou a vitória na última semana quando começou a administrar a vantagem para os principais adversários e vencer o seu primeiro Dacar ampliando o domínio da KTM na competição entre as duas rodas. Já são 15 títulos consecutivos dos austríacos no Dacar.
O brasileiro Jean Azevedo não completou a prova. Azevedo acabou caindo logo nos primeiros dias de competição e dias depois abandonou o Dacar por ceder o radiador de sua para um companheiro da Honda South America que estava melhor colocado no geral. Outra situação que colaborou, foi que desde o acidente, Azevedo sentia muitas dores.
Carros
O leão francês foi de longe o grande destaque entre os carros. No segundo ano depois do retorno ao Dacar, a Peugeot simplesmente dominou as ações da competição entre os carros. Os principais representantes da marca acabaram sendo Stéphane Peterhansel, Carlos Sainz e Sébastien Loeb.
Os três comandaram as ações, Loeb em sua primeira participação no Dacar inclusive liderou todas a primeira semana do rali e só perdeu quando capotou o seu carro na oitava especial. Sainz só abandonou por problemas no câmbio de seu 2008 DKR. Foi aí que Peterhansel viu o caminho praticamente livre para o seu 13º título no Dacar.
Caminhões
Ao meu ver, nos gigantes, o Dacar foi nivelado por baixo graças aos problemas enfrentados pelos principais concorrentes, na verdade, nem o próprio vencedor acabou ileso de problemas. O início dos caminhões foi dos mais equilíbrados com a briga entre vários concorrentes muito fortes. Federico Villagra, Hans Stacey, Airat Mardeev, Eduard Nikolaev, Pieter Versluis e o vencedor Gerard de Rooy.
O grupo seguiu sempre muito próximo, mas cada vez que um deles tinha problema, se perdia muito tempo e líder se afastava demais, melhor para de Rooy que quase não sofreu com problemas no últimos dias de Dacar para conquistar o seu segundo título da competição.
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