22 março 2017

A GP2 agora é F2

Site oficial da GP2 Series
Foi no dia 09 de março que uma velha decisão do Conselho Mundial da FIA finalmente foi oficializada e anunciada: a troca do nome GP2 Series por Fórmula 2. Se a memória não me trai, a decisão já havia sido tomada no segundo semestre de 2015 e Bernie Ecclestone era a grande pedra nesse caminho.

Com a saída do Titio Bernie e a chegada da Liberty Media no comando da Fórmula 1 - e da GP2 Series nesse pacote - a troca de nome foi relativamente rápida. Ecclestone era contrário ao retorno da Fórmula 2 como categoria de entrada para a Fórmula 1 e era a única barreira para a categoria ser o último degrau antes da principal categoria do automobilismo mundial.

HISTÓRIA
A Fórmula 2 já foi esse degrau antes da F1. Isso aconteceu entre 1967 e 1984, depois disso a F2 foi substituída pela F3000 até 2004 porque em 2005 a GP2 Series surgiu como a última categoria antes da Fórmula 1. Em 2009 a Fórmula 2 chegou a ser recriada, mas sem atenção do público, equipes e pilotos acabou no final de 2012.

ESTRUTURA
A nova F2 assume toda a estrutura "deixada" pela GP2 Series. Na prática, é a troca do nome. Os contratos que a GP2 Series tinha serão mantidos com a nova Fórmula 2. Nesses contratos estão os que foram feitos com as equipes que já haviam feito inscrição para o campeonato de 2017 da GP2 Series e que seguem na categoria como F2.

Curiosamente, o site da Fórmula 2 ainda não existe e a toda estrutura na internet segue usando o domínio do site e as contas nas redes sociais da GP2 Series. Algo que deve mudar em breve com toda a certeza.

CALENDÁRIO
Entre os contratos mantidos com a nova Fórmula 2 estão os usados para a construção do calendário. As etapas serão exatamente as mesmas que a GP2 havia anunciado no final de 2016 e início de 2017. Serão 11 no total, dez delas casadas com as corridas da Fórmula 1. A única que não segue o calendário da irmã mais velha será a etapa de Jerez de la Frontera entre 6 e 8 de outubro, a antepenúltima do campeonato. Confira:

1) Sakhir, Bahrein - 14 a 16 abril;
2) Barcelona, Espanha - 12 a 14 maio;
3) Monte Carlo, Mônaco - 25 a 27 de maio;
4) Baku, Azerbaijão - 23 a 25 de junho;
5) Spielberg, Áustria - 7 a 9 de julho;
6) Silverstone, Inglaterra - 14 a 16 de julho;
7) Budapeste, Hungria - 28 a 30 de julho;
8) Spa-Francorchamps, Bélgica - 25 a 27 de agosto;
9) Monza, Itália - 1 a 3 de setembro;
10) Jerez de la Frontera, Espanha - 6 a 8 de outubro;
11) Marina de Yas, Abu Dhabi - 24 a 26 de novembro;

SUPERLICENÇA
A troca de nome trará uma mudança significativa para que os pilotos tirem as superlicenças, o documento obrigatório para correr na Fórmula 1. Recentemente - digo quando Max Verstappen conseguiu o contrato com a Toro Rosso no final de 2014 - a FIA implantou um sistema de pontuação em que obriga os pilotos fora da Fórmula 1 a atingir pelo menos 40 pontos nas últimas três temporadas para conseguir a carteira.

A pontuação para superlicença varia de acordo com a graduação da categoria e a posição final de cada campeonato. Os campeões de categorias como a Indy, o WEC, a GP2 e a F3 Européia pontuavam mais do que os campeões de categorias nacionais ou menores do que essas citadas antes. Resumindo, categorias mais próximas da F1 davam mais pontos que as mais distantes no cenário do automobilismo mundial. Dentro desse sistema a Fórmula 2 já tinha uma pontuação mais generosa que a própria GP2 desde o início do sistema mesmo sem ter um campeonato em atividade.

Como GP2, o campeonato dava 40 pontos apenas para o campeão e o vice de cada temporada. Como F2, passará a dar os 40 pontos para os três melhores do ano além de aumentar a pontuação para os pilotos que encerrarem o ano entre o quarto e o décimo lugares. Vantagem para todo mundo.

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